Meu nome é Jolimar Corrêa Pinto. Nasci no ano de 1936, em Juiz de Fora (MG).
Quando tinha doze anos comecei a trabalhar em um cartório no fórum e estudava à noite. Aos dezoito, prestei concurso para escrevente juramentado do cartório crime de Juiz de Fora (MG), onde trabalhei até ser convocado pelo Exército em janeiro de 1954.
Em setembro do mesmo ano, já tinha alcançado a patente de sargento e fiquei lá por mais três anos. Gostei muito da experiência durante o tempo que servi.
Decidi, então, prestar o concurso para a Câmara, ao nível médio, simultaneamente, em que cursava Direito na Universidade de Brasília (UnB).
Mais tarde, fiz o concurso para nível superior — oficial legislativo, como era chamado na época —, e me graduei.
A partir daí, minha carreira na Câmara foi progredindo: fui chefe de sessão, chefe de gabinete, diretor de departamento e assessor de deputado e senador. Após me aposentar, também fui desembargador.
Fui Presidente da ASA-CD por 18 anos os quais lutei por diversos direitos dos aposentados e pensionistas da Câmara dos Deputados. Gosto de escrever alguns poemas, como este:
SEM PERDÃO
Sei que a verdade surgirá um dia
E o julgamento e a condenação,
Mas quantos males terão sido feitos
Sem chance de alguma reparação?
Crimes sem rastros — aparentemente —
Terão o momento de exumação
E o povo ingênuo, já desenganado,
Há de negar pedidos de perdão.
Hordas então invadirão palácios
A perseguir pessoas inculpadas,
Porque foi lá pecado cometido
Través os anos, reiteradamente.
Pois já não crê o povo na justiça
E quer vingar o mal sem indulgência.