Meu nome é Ceres de Campos Charnaux Sertã, nasci no Rio de janeiro e vim para Brasília em 1973. Desde a infância, sou fascinada pelas artes, no campo da poesia, da crônica, da leitura dos romances épicos, do desenho simplesmente, do teatro infantil e na fase adulta pelo teatro vivenciado pelos nossos grandes atores. Enfim, geminiana que sou, aprecio e analiso a multiplicidade que o mundo da Arte me oferece.
Entretanto, por razões do destino, encaminhei a minha vida para o mundo prático do sucesso profissional em área totalmente diferente, mas que guarda uma certa semelhança por imitar a área do teatro, o exercício da advocacia. Trabalhei como funcionaria pública – concursada – por toda a minha vida. Nas horas vagas, fazia um desenho ou outro, sempre desenhando rostos e corpo humano. Como passatempo, fiz muitos cartões de festas ou natalinos, enfeites e lembranças de casamentos, porque era uma forma de estar vivendo a arte.
Apenas para completar a minha história, devo dizer que sou filha de pai cuiabano e mãe mineira que me transmitiram os valores morais, espirituais e artísticos que remanesceram ao longo de minha vida, embora os tenha perdido desde cedo.
No campo da pintura a óleo em tela, transito entre o estilo acadêmico e impressionista. Entrego-me ao clássico nas pinturas de rostos e corpo humano. Gosto de sentir a delicadeza da pintura na figura humana. Para mim, faz sentido. Já nas paisagens, prefiro o impressionismo porque a natureza parece que salta aos olhos de quem a vê em suas cores exuberantes. Por isso, minhas cores são fortes e vivas.
Hoje vivencio a minha arte – que desejo vê-la amadurecida – graças à aposentadoria pela qual labutei a vida inteira e me vejo recompensada pela qualidade das obras que construo com a minha dedicação e o meu amor e que, espero, sejam essas obras motivo de admiração de tantos quanto delas se aproximarem.