O vento sopra por entre os prédios, corre livre pelos pilotis e encontra, nas frestas dos cobogós, uma entrada para arejar a vida na capital. O pequeno tijolo vazado achou, aqui, espaço na arquitetura e no imaginário dos moradores. Não à toa, Ana Maria Lopes, associada da ASA-CD e Marcia Zarur, jornalista da CBN, ambas do coletivo Maria Cobogó, que carrega a peça no nome, lançaram o segundo volume do projeto Mestres Cobogós, em homenagem a grandes artistas que vivem nos detalhes da cidade. Dessa vez, o protagonista do livro infanto juvenil é Athos Bulcão.
Assim como o cobogó, Brasília é recheada de minúcias que podem passar despercebidas ao olhar desatento. Tendo isso em vista, o coletivo de escritoras Maria Cobogó decidiu produzir material que fizesse justiça aos artistas que, como figuradas vigas de concreto exposto, ajudam a sustentar a história da jovem capital.
O Coletivo brasiliense, formado por mulheres, está celebrando seis anos de existência e muitas realizações. O grupo nasceu em agosto de 2018 com a utopia de dar visibilidade à literatura do DF.