Julho marca o meio da caminhada de um ano e, assim como julho, estamos no meio de uma longa caminhada como instituição.
Por isso, este mês eu gostaria de celebrar a criação da ASA-CD, que hoje faz o possível para que sejamos atendidos e acolhidos após tantos anos de serviço à comunidade.
A ideia da criação de uma associação nasce da necessidade de apoio ao aposentado e pensionista para além dos proventos e atendimento da saúde, mas, principalmente, de ser suporte em tudo que lhe corresponde.
A Câmara dos Deputados, após conceder aposentadoria merecida a seus servidores, de conformidade com as normas jurídicas vigentes, não tem mais nenhuma obrigação com eles, salvo o pagamento do vencimento/provento.
E apesar de que, na área da saúde, existe o Posto Médico, que atende a toda a Casa, bem como inativos, resultou insuficiente com a nova estrutura do organismo administrativo e o aumento da quantidade de servidores; mesmo assim, o referido posto presta, ainda hoje, relevante serviço.
O avanço na área da saúde de seus servidores, incluindo o aposentado e o pensionista, foi a criação do Plano de Saúde, com convênio em todas as áreas médicas, como consultórios, clínicas e hospitais, com abrangência em todo o País, quiçá no exterior.
Mas, ainda assim, era necessário criar um espaço de escuta, informações, descontração e luta em prol de quem tanto ofertou em seus anos ativos de serviço público.
Na verdade, nunca houve na referida Casa uma política voltada para assistência do aposentado e pensionista.
Existia um espaço assistencial que não havia sido suprido pelas entidades de atendimento, ASCADE e depois o SINDILEGIS, dada a peculiaridade dessa clientela, inativos e pensionistas.
Nesse contexto, os observadores, que também eram aposentados, após conversarem entre si e procederem a consultas e estudos, em 5 de novembro de 1991, fundaram a Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Câmara dos Deputados — ASACD, idealizada para prestar assistência em todos os setores de necessidade dessas pessoas.
Enfim, caminhar com elas durante toda sua existência.
A ASA virou referência em muitos aspectos, tanto que, quando ocorre qualquer evento com o aposentado, a entidade é comunicada e toma a providência de acordo com o caso.
Realiza, também, encontros como o Prosa na Asa, que reúne festivamente os associados em toda última sexta-feira de cada mês.
Fechou uma parceria com a Câmara dos Deputados, para que o recadastramento passasse a ser feito na ASA-CD.
Oferece a seus associados a possibilidade de fazer seu Imposto de Renda na Instituição.
E, acima de tudo, a ASA-CD luta, fervorosamente, em defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas.
Mas não paramos por aí.
Temos ainda o sonho da criação de um ambiente que possa abrigar o aposentado que, de algum modo, está vulnerável, necessita cuidados e reside sozinho, evitando, com isso, que algo ofenda a sua integridade física ou até mesmo que ocorra o seu falecimento nesse estado.
O projeto é arrojado, utópico até, mas não é impossível.
Diretorias anteriores já iniciaram ensaios e estudos sobre esse ponto, mas sempre esbarram no custo elevado do empreendimento, que é de grande monta.
Mas não é caro sonhar.
Conceição José Macêdo
1.º Vice-Presidente
