carregandi

Aguarde por gentileza.
Isso pode levar alguns segundos...

 

Ainda não é associado?

Venha fazer parte da ASACD!

Clique aqui!
A - A +

A pandemia e a necessidade de reflexão

history segunda-feira, 1 de junho de 2020     folder Editoriais

 

Caros associados, em primeiro lugar gostaria de dizer que passamos por um período de profunda reflexão.

Um momento de olhar pra dentro e refletir sobre quem somos, quem amamos e se estamos dando o valor devido, não para certas coisas, mas para as coisas que realmente importam, assim como não para certas pessoas, mas para as pessoas que amamos.

Usamos o pior que temos para falar dos defeitos das pessoas e o melhor que temos para falar de nossos defeitos.

Temos além de todo o caos uma oportunidade de usar o melhor que temos de maneira solidária.

O primeiro ato de solidariedade é cuidar da saúde dos que amamos.

Portanto, fique em casa! Todos nós vivemos uma modificação significativa em nossas vidas.

O mundo mudou drasticamente em um piscar de olhos.

Um simples flertar, ou ir à escola, ou ao trabalho, práticas do dia a dia que o indivíduo muitas vezes não valorizava por serem comuns e habituais tornaram-se objeto de conquista da maioria dos seres humanos.

Não é fácil mudar quem somos, isso se “materializa” em nossos comportamentos e nossas atividades.

O que fazemos no dia a dia muitas vezes nos define.

Há todo tempo quando vamos nos identificar no meio social, buscamos informar quanto aos nossos hábitos e costumes.

Alguns são advogados e também surfistas, lutadores de jiu-jítsu; outros são enfermeiros e gostam de futebol e sempre estão em uma roda de samba no final do dia.

Muitos de nós são muitas coisas.

E são essas coisas que nos fazem “ser”.

Esse “ser” é um conjunto de atividades, ofícios, comportamentos que formam a nossa persona.

Essa é descrita por Carl Young como a personalidade que o indivíduo apresenta aos outros como real, mas que, na verdade, é uma variante às vezes muito diferente da verdadeira.

O confinamento pode ser uma oportunidade.

Muitos acham que agora o desenvolvimento deixou de existir, mas, ao contrário disso, foi na crise que a humanidade evoluiu.

Inclusive nas reinvenções individuais.

Temos a oportunidade de criar “novas tecnologias”, não aquelas físicas, duras ou eletrônicas.

Falo das maiores das tecnologias, aquelas que se estendem ao nosso corpo.

Nossas emoções, nossa comunicação, nossos afetos, nosso comportamento diante do outro em espaços reduzidos.

Esse é o desafio, até isso tudo passar, usemos o nosso melhor que iremos sair disso mais fortalecidos!

 

Maria Elisa Siqueira de Oliveira
Presidente

Fonte: Voz Ativa, n. 313, jun. 2020